terça-feira, 29 de maio de 2012

Para 47ª Mesa no Panamá, TI empodera mulher se quebrar "barreira digital"


Data: 08/05/2012




Estudos da CEPAL mostram a exclusão de gênero na TI Foto: Nei Bomfim/SPM
Reunião da Mesa Diretiva da Conferência Regional sobre a Mulher, encerrada na 6ª-feira, 04/05, mostra que informatização é chave para avanço; relação é tema da 12ª conferência em 2013
A 47ª Reunião da Mesa Diretiva da Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e Caribe, da Comissão Econômica para América Latina e Caribe - CEPAL, realizada na  Cidade do Panamá entre os dias 3 e 4 de maio, apontou que a tecnologia de informação (TI) é chave para o empoderamento da mulher, desde que se supere a chamada " barreira digital".
Esta relação TI/ avanço de gênero será o tema central da 12ª Conferência Regional sobre a Mulher, que acontecerá em 2013, na República Dominicana.
A reunião no Panamá foi dirigida pela ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, que preside o órgão diretivo até 2013.

INDUSTRIA: UMA MULHER, QUATRO HOMENS

Os dados que sustentam este diagnóstico da barreira digital foram expostos por Néstor Bercovich, do Projeto Sociedade da Informação da Divisão de Desenvolvimento Produtivo e Empresarial da CEPAL, e por Magaly Pineda, diretora do Centro de Pesquisa para a Ação Feminina (CIPAF) da República Dominicana.
Segundo a CEPAL, as pessoas que usam internet na região (dados de 2011) totalizam 235 milhões, ou 39,5% da população. "As taxas de acesso a computador e internet são de 15% e 7% respectivamente, tomando a média de 14 países da América Latina", conta Bercovich.
Esta condição crucial da TI para o avanço da mulher na região é uma realidade oscilante. Assim, de um lado, segundo Bercovich, a indústria da TI no Brasil emprega apenas uma mulher a cada quatro homens (ou seja, 20%); já outro dado levantado pelo mesmo projeto a partir  de um estudo empírico em 12 países da região evidencia que uma vez que se nivelem emprego, educação e rendimentos entre os sexos, a mulher resulta mais ativa que o homem como usuária das ferramentas digitais.

A TI NOS LARES

Entre estes extremos, a realidade é a da costumeira exclusão de gênero.
Assim, análises apresentadas a partir de informes de acesso e uso à internet em seis países latinoamericanos entre 2005 e 2007 mostram a desvantagem feminina. As mulheres têm menor acesso e menor uso que os homens, sendo que a distância entre ambos aumenta ainda mais quando se foca o uso.
Magaly, do CIPAF, citou pesquisa nacional dominicana de 2007, realizada pelo Escritório Nacional de Estatísticas. "Vimos que 62% das casas que têm o homem como cabeça de família acessam as Tecnologias de Informação e Conhecimento (TIC, na terminologia usada no estudo), enquanto que naquelas com a mulher como chefe, apenas 38% conta com este acesso. Esta lacuna aumenta quando os lares são encabeçados por mulheres com um menor nível de educação, desempregadas ou mais idosas."

RESULTADO DA DESIGUALDADE
Esta desvantagem feminina é maior nas cidades do que no campo, segundo os dados apresentados por Bercovich.  E cresce com o avanço etário.  "Na América Latina e Caribe o fato de que menos mulheres têm menor acesso e usam menos as tecnologias da informação que os homens é resultado direto da desigualdade na educação, no emprego e nos salários", afirma o pesquisador.
Já com relação à natureza do uso, os homens recorrem majoritariamente à internet com propósitos de divertimento e de compras, enquanto os objetivos das mulheres se prendem mais à educação e comunicação.
 
Confira a íntegra da apresentação dos estudos 
Comunicação Social
Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Presidência da República – PR

Nenhum comentário:

Postar um comentário