segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Livro "Resistência Negra na Grande Vitória - Dos Quilombos ao Movimento Negro" é lançado em Domingos Martins

A Gazeta

O livro "Resistência Negra na Grande Vitória - Dos Quilombos ao Movimento Negro" (Ed. Multiplicidade), das historiadoras Suely Bispo e Edileuza Penha de Souza, será lançado durante o 10º Congresso da CUT, em Domingos Martins. "O movimento negro é diverso e trabalha com várias frentes: política, cultura, educação, religiosidade, etc", enumera Suely, que integrou o Grupo Raça, formado por estudantes negros da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), nos anos 80.

Na obra, as autoras constroem o registro da formação das entidades do movimento negro na Grande Vitória, fazendo um paralelo com a resistência à escravidão e à posterior organização das entidades, em nível nacional, já no século XX. A abordagem não tradicional inclui no conceito de "movimento" desde grupos de dança e teatro a entidades organizadas.

A obra divide-se em quatro capítulos e destaca a criação e o papel exercido pelo Movimento Negro Unificado (MNU), surgido no país nos anos 80 e que se organiza no Estado em 81; do Centro de Estudos da Cultura Negra (Cecun), em 83; dos grupos Ganga Zumba, em 85; Raça (na Ufes); de Mulheres Negras do ES; Oborim Dúdú; e de Agentes Pastorais Negros (APNs), da Igreja Católica.

Na área de dança afro, destacaram-se o pioneiro Axé de Obá, o grupo cultural Abi-Dudu e o Negraô (em atividade). Nas artes cênicas, Afro Dandara, de Cariacica; Cia Cumby de Dança; Homem Cia de Dança; e Cia Enki de Dança Primitiva Contemporânea. A face contemporânea é lembrada nos grupos de hip hop, que têm influência junto aos jovens.

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